Hoje, 11 de setembro, Dia Nacional do Cerrado, penso, mais que em outros dias, pois é inevitável com data tão simbólica, sobre o que o que andam fazendo com o segundo maior bioma do país.
Um dia Marcos, meu primo, deixou um recado em uma foto que fiz do cerrado: "é tudo mato, aqui em SC também têm". Concordo com ele, é tudo mato, é tudo meio-ambiente, tudo deveria ser amado e preservado.
Estava fazendo um curso, há poucas semanas, e o professor teve a capacidade de dizer que "o cerrado precisa queimar". Credo, me calei, pois se falasse algo acho que partiria pra baixaria.
Sou de Santa Catarina e há nove anos resido no Distrito Federal. Antes disso morei por dois anos e meio no Tocantins, portanto cerrado não é paixão recente, mas sim um amor que vem crescento e se renovando a cada dia.
Me perguntam porque tamanha paixão pelo cerrado se a mata atlântica é "mais bonita". Bonita? Não vejo assim.
Sabem o que mais me inpressionou quando cheguei aqui em Brasilia? FORÇA! Cheguei um pleno abril de 2002 e enfrentei de cara a seca. Me deu uma tristeza ver aquele lindo verde ir se tornando algo morto, seco. Do nada veio a floração dos Ipês, dos Paus-Terrinha e de tantas outras árvores. Incrível, nenhuma folha e tantas flores que dava a impressão que a árvore iria cair com o peso e a exuberância daquele colorido. Aí vieram as primeiras gotas de chuva e não sei de onde, como e porque tão rapidamente tudo estava verde novamente. É muita força, é muita renovação, uma beleza inacreditável. É um olhar diferente ao feio que é belo, ao belo que é lindo, ao torto que é reto, ao seco que tem vida.
Hoje, estive no Parque das Nascentes. Foi uma manhã agradável, com pessoas com o mesmo intento: mostrar que vale a pena preservar este bioma maravilhoso.
Posso estar fazendo pouco, e sei que é pouco, mas se cada um fizer o seu pouco e somarmos tudo vai virar um mundão de muito e quem sabe as futuras gerações consigam ter um cerrado ainda para ver, sentir, estudar, recuperar e preservar!
Abraço, Adriane.
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